segunda-feira, 23 de abril de 2012

Sentir de novo...

"Mais do que buscar algo verdadeiro, se envolver. Mais do que querer se apaixonar, se entregar. Não sou nem nunca serei a melhor pessoa pra dizer algo sobre o amor, pois acredito que só ele pode falar por si próprio. Mas não me omito; e arrisco ao tentar encontrar nele minha felicidade - para isso e somente por isso, escrevo."

Caracterizamos amores e denominamos quantidades nesses mesmos amores. Nos preocupamos em estar constantemente apaixonados, pois precisamos amar alguém para chamar de amor...

Sonhamos com momentos inesquecíveis e lembranças eternas e nos arrepiamos ao imaginar o futuro. Esquecemos os antigos amores, que já não prestam mais - passaram. Vemos nos nossos pais um amor diferente, que nunca nos é suficiente por ele mesmo e nos permitimos lançar desafios para nós mesmos, para amar mais e melhor.

Erramos quando percebemos que o amor está no fim e acertamos enfim, quando percebemos que o que acabou de fato não foi o amor, mas sim a ilusão de amar... E assim erramos, pois precisamos sempre de questionamentos e respostas, de novidades, novas propostas, de motivos para amar, quando de repente, se somente amássemos, já seria suficiente.

Não questionamos os novos amores por serem novos demais e abarrotamos de pesados olhares, os antigos, por se serem comuns demais, muito freqüentes. Sempre demos valor a tudo e a todos, sem nos dar conta do que realmente importa.

Fechamos novos caminhos e curvamo-nos de desespero quando um amor se encerra, e não nos deixamos levantar até conseguirmos abrir os olhos e não lembrarmos mais do amor acabado. Somos tão ingênuos que só percebemos a eternidade do amor, quando podemos sorrir, - no futuro, ao lembrar do amor, aquele encerrado no começo do parágrafo - e perceber que ainda o amamos, mesmo sendo felizes agora...

Vamos simplesmente amar, não temos que entender. Em nenhum lugar está escrito que devemos amar com o coração e entender esse amor com a razão...

Não são nos olhos de uma pessoa que encontramos a felicidade, mas sim na lembrança que temos deles quando conseguimos fechar os nossos.


  

Um comentário:

  1. Olá Marcelo, como vai? Então, gostei muito de seu blog. Você escreve bem, tem talento, coisas que para mim são essenciais para quem faz esse tipo de coisa! E sobre esse texto,acho que a vida está tão difícil que as pessoas veem o amor como uma "redenção", como a salvação de suas vidas miseráveis e de seus problemas.
    Enfim, adorei o blog, e é claro que já estou seguindo. Beijos, paz e luz à você *--*
    Ah, deixo aqui o link de meu blog caso queira retribuir a visita:
    http://daquioitentaanos.blogspot.com/

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