segunda-feira, 25 de junho de 2012

Orgulho Manchado.

"As coisas só vão começar a funcionar quando tivermos a consciência de que o que fazemos ou deixamos de fazer só dizem respeito a nós mesmos. Ou seja, chega de frases de efeito apenas. O melhor a ser feito é passar uma madrugada ajudando quem está com frio na rua ou qualquer outra coisa que façamos aos outros, pois com certeza, se você estiver promovendo o bem, estará, acima de tudo, fazendo algo mais útil do que o que está fazendo agora."


Ouvimos dezenas de milhares de pessoas dizendo coisas sobre a vida, o tempo todo. Esqueçamos disso, o melhor a ser feito por nós é olhar para nós mesmos e enxergarmos até onde podemos ir. Não vamos escolher planos maiores do que nossa mente pode configurar, pois sabemos que os erros são advindos de outros exemplos errados.

Onde estão aqueles seres humanos que espalham sabedoria por entre as avenidas, onde estão os debates sobre a experiência de estarmos vivos? O homem atual não tem capacidade de se confrontar com mistérios, ele prefere os ignorar. Não sabemos o que faz nossa vida ter esse sentido, mas vivemos assim mesmo, sempre ansiosos e chorosos, orgulhosos, egocêntricos, emotivos ou sérios demais.

Qual o motivo de a natureza de hoje não ser capaz de nos fazer admirar como a de outrora fazia?

Onde está a magia de viver, senão nos mistérios e nas coisas que nossa mente ainda não tem força para experimentar e conhecer...

Sentimos frio e nos cobrimos, olhamos para o sol e afastamos o rosto. Pegamos o carro, pois o destino é longe demais. Colocamos empecilhos em quase todos os momentos que de fato nos instigam. Onde está nosso encanto pelo desconhecido, onde está a ausência da rotina, a vontade de mudar, o desejo de conhecer, o medo de tornar a vida menor que o sonho?!

Sim, eu sou diferente. Não me permito ouvir a noite chegando e não me espreitar à janela, procurando a lua, ainda tento apreciar as belezas que o mundo insiste em nos apresentar. Preciso sentir o arrepio do frio após ter contato com a primeira gota da tempestade que chega sem pestanejar, preciso ouvir o barulho do dia nascendo e necessito enxergar os primeiros raios de sol no horizonte, pois sem isso não podemos nos dizer vivos. Precisamos disso, somos filhos da Terra, somos humanos.

Nos diferenciamos de pessoas pela distância e culpamos sua falta de cultura por isso. Não enxergamos que as diferenças são colocadas pelo homem, aceitamos estigmas e por isso nos permitimos imperializar outros como forma de retaliação. Nesses momentos, sinto apenas vontade de me juntar aos animais e viver para sobreviver simplesmente.

Procuro sem cessar alguma alma humana que coloque sobre mim o valor que eu ache certo. Estamos em todos os momentos buscando isso: a aprovação da sociedade. Nesses momentos, lembro-me que nada disso importa, que meu caminho é o único julgamento válido, que minhas escolhas são minhas únicas memórias e que meus medos são meus únicos inimigos. Sempre tentamos ser alguém melhor do que somos, nunca estamos satisfeitos...

A vida não é mais do que a vida; e quem a pode julgar e/ou valorizar é apenas o ser vivente. Logo, não existem julgamentos ou cobranças válidas, pois o único ser humano que pode te fazer desistir ou querer é você.

Quero viver mais minha vida; e por assim querer o faço e isso só depende de mim.




4 comentários:

  1. Você deveria mesmo se juntar aos animais. Primeiro, o "ajudar o próximo" é nada mais que um pseudo bom samaritanismo impregnado na sua, pela sua; dentro da sua moral, a qual o niilismo de nietzsche coloca em xeque. Então, o conselho é que talvez ao invés de olhar a lua, leia um livro. Segundo, você não é diferente. A própria forma que você escreve um blog é uma busca de aceitação da sociedade. Todos querem reconhecimento e a bosta de um compartilhamento me trouxe aqui. E reconheci o pseudo auto ajuda fraco escrito. Terceiro, o senhor nada mais me parece que uma senhora dos anos 50 sofrendo de histeria(outro bom autor seria Freud). O mundo lá fora e você na janela á "espreita". Quer viver o mundo, viva. Longe de um computador, de preferência. O que mais me parece paradoxal é o fato de que idiotas compartilham essa merda e a aceitação tão negada por você, você a tem. Ao invés, use essa ferramenta para ler algo. Agora sou eu o homem que "imperializo outros como forma de retaliação. " Pelo menos uma dentro.(ao invés de ler livros sobre os filósofos, porque não ir além e ler na fonte mesmo)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oo bicha,você é um daqueles idiotas que leêm sinopse de livros e pagam uma de "intelectuais', "filósofos" e ao invés de criticar incentivando o rapaz a melhorar e desenvolver a sua capacidade intelectual que é notória,critica como se fosse um GRANDE PENSADOR ATUAL.
      Quer saber, VÁ A MERDA SEU FRUSTRADO e ao invés de criticar ofensivamente, faça críticas construtivas.

      Babaca....

      Excluir
  2. "Anônimo", obrigado pelo comentário. Suas críticas foram lidas e com certeza refletidas. Não me vejo com capacidade de contra-argumentar suas palavras e nem o desejo, pois não percebo em mim o conhecimento necessário para tal. Também não me vejo no direito de tentar mudar sua visão sobre meus textos, tampouco sobre o mundo. Quanto ao seu conselho, não concordo. Considerei parar de olhar para a lua, mas como isso me faz bem, decidi não mudar, entretanto vejo na outra parte do conselho, uma das maiores verdades existentes, ler um livro é sempre a melhor opção, obrigado... Sim, meu blog é uma forma de aceitação que busco da sociedade e digo, inclusive nesse texto, que todos nós estamos sempre buscando isso (em minha opinião). Mesmo com seu descontentamento, fico feliz que alguém de sua rede de amigos/conhecidos tenha compartilhado meu texto e ainda mais pelo senhor tê-lo lido e resolvido engrandecê-lo com suas palavras. Ri de sua comparação. Algumas vezes me imagino mesmo vivendo em uma época menos agressiva e acelerada - como me parece ter sido a década de 50. Utilizo o computador como fonte de informações e para necessidades de trabalho, se não fosse por isso, adoraria passar mais tempo na rua, de verdade e imagino que o sr. também gostaria, uma vez que está se comunicando com minha pessoa através da internet. Assim como você (permita-me a informalidade) aprecia a leitura de grandes filósofos, tenho que confessar nossa similaridade de gostos quando o assunto é leitura, embora admita não ter conseguido ler tantos autores quanto gostaria. De resto tenho apenas que agradecê-lo por sua atenção e disponibilidade em perder alguns minutos lendo e comentando por aqui. Forte abraço, Marcelo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Parabéns Marcelo, por fazer mais do que muitos poderiam estar fazendo ! Por gostar de ler e de escrever, e por ser você mesmo, sem se deixar levar por muitos ignorantes que se mostram , também, tremendos egocêntricos .

      Excluir