segunda-feira, 1 de junho de 2015

pois desejo dançar

Ah, esses momentos em que o pensamento se faz maduro e se cala - porque se vê como aquém do bastante. A música então se vê livre e ecoa, como água, ocupando os cantos, o corpo e lava a alma de emoção e tudo se eleva. São momentos de vida própria. O cansaço se transforma em oportunidade, a aceitação simples abre a porta e a alquimia passa a existir. 

"E se eu chorar e o sal molhar o meu sorriso?"


Peço licença à Bethânia, pois quero parafraseá-la, cantante, mista com minhas emoções, por minha ânsia por criar. 

Devo passar toda a existência entre o medo e a ansiedade? Eu quero andar pela cidade, me embriagando de poesia, bebendo a claridade da luz do dia. O Raio de Inhansã sou Eu! O Vento de Inhansã também sou eu. Ah, e o batuque conduz o que agora é um dançante e leve corpo flutuante, embebido de canção. Meu olhar tem a força do Raio porque vem do meu coração.

E me vem aqui alguns com esses olhares de quem deseja vir. Vivo eu mesmo com essa vontade de ver-te, de ver-te e de não me escorregar só nos becos. Pois peço coragem para ver nesses olhos a mesma singela mensagem silenciosa de uma amável mulher. E que ninguém me peça permissão, nem orientação, não sei pra onde vou, nem por que motivo vou. Mas sei que vou por aí. 

É que você nunca quis ver. Meu lado, meu jeito. Me larga, me deixa viver, me deixa viver. Cuidado, oxente, está no meu querer querer fazer você desatar e levar a melodia só, crua e completa. Eita sabedoria intensa, desequilibrada, viva, real. 

Me deixa gozar! À Vida! Com música. Na boa, na minha. Eu vou viver 10. 

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