"E se eu chorar e o sal molhar o meu sorriso?"
Peço licença à Bethânia, pois quero parafraseá-la, cantante, mista com minhas emoções, por minha ânsia por criar.
Devo passar toda a existência entre o medo e a ansiedade? Eu quero andar pela cidade, me embriagando de poesia, bebendo a claridade da luz do dia. O Raio de Inhansã sou Eu! O Vento de Inhansã também sou eu. Ah, e o batuque conduz o que agora é um dançante e leve corpo flutuante, embebido de canção. Meu olhar tem a força do Raio porque vem do meu coração.
E me vem aqui alguns com esses olhares de quem deseja vir. Vivo eu mesmo com essa vontade de ver-te, de ver-te e de não me escorregar só nos becos. Pois peço coragem para ver nesses olhos a mesma singela mensagem silenciosa de uma amável mulher. E que ninguém me peça permissão, nem orientação, não sei pra onde vou, nem por que motivo vou. Mas sei que vou por aí.
É que você nunca quis ver. Meu lado, meu jeito. Me larga, me deixa viver, me deixa viver. Cuidado, oxente, está no meu querer querer fazer você desatar e levar a melodia só, crua e completa. Eita sabedoria intensa, desequilibrada, viva, real.
Me deixa gozar! À Vida! Com música. Na boa, na minha. Eu vou viver 10.
Nenhum comentário:
Postar um comentário